Minhas pesquisas concluiram o seguinte baseado no livro "Divinas Damas de Marciano Lopes". Meu bisavô Justo Gonçalves da Justa era filho do Cap Henrique Gonçalves da Justa e de Dona Eugrácia de Paula Tavares Coutinho da Justa. O pai de Justo, Cap Henrique, descendia de linhagem portuguesa, sendo filho do Coronel Henrique Gonçalves da Justa e de Maria Antonia da Silva Justa.
Meu bisavô também tinha vários irmãos e uma irmã. Eram eles: Lourença Tavares Coutinho da Justa (a mais velha de todos e única mulher) casada com seu primo legítimo Luiz da Justa de Seixas Corrêa, Alfredo Henrique da Justa casado com Laura Theophilo (comerciante), um dos filhos de Alfredo Henrique foi o Dr Antonio Justa, grande médico cearense, também o Coronel Henrique Gonçalves da Justa casado com Aurelieta Padilha (proprietário rural em Pacatuba, foi delegado e prefeito dessa cidade), também Antonio Henrique da Justa (farmaceutico e inventor de um protótipo avião antes de Santos Dumont), Otávio Gonçalves da Justa casado com Maria Luiza da Silva (Engenheiro Agrônomo e Farmaceutico).
Portanto, a patir de meu tataravô Henrique Gonçalves da Justa, surge meu bisavô Justo Gonçalves da Justa, depois meu avô Tupy Gonçalves da Justa, meu pai Wartzen Maquiné da Justa e eu Marcelo Augusto Oliveira da Justa. A partir de mim, vem meu filho Luis Henrique Araujo da Justa e minha filha Mariel Araujo da Justa. Interessante que mesmo sem saber a genealogia da família, eu já havia coloca o nome Henrique no meu filho, o mesmo do meu tataravô.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Outros da família Justa que deixaram sua marca na história
Gastão Gonçalves da Justa nasceu no dia 1 de junho de 1899, na cidade de Fortaleza, CE. Funcionário público estadual, foi jornalista, cronista, poeta, membro da Academia Cearense de Letras e da Comissão Cearense de Folclore. Publicou, na área de Folclore, Improvisadores (1949), Toadas populares (1949) e Notas sobre o Folclore (1960). Faleceu no dia 10 de dezembro de 1969, em Fortaleza, CE.
Antônio da Justa era médico renomado e caridoso, formado na Europa, não cobrava nenhuma de suas consultas, cuidava especialmente dos leprosos, ao falecer deixou todos os seus bens para o leprosário Antonio Justa em Maracanaú - cidade da área metropolitana de fortaleza, próxima a Pacatuba, por isso levou nome de avenida, uma das mais importantes de fortaleza.
Antônio Henrique da Justa nasceu em Pacatuba, Ceará, em 1874. Em 1894, tornou-se escriturário da Secretaria da Fazenda do Ceará. Durante cinco longos anos, reuniu recursos para custear a publicação de um folheto denominado "Navegação aérea", em que apresenta o projeto de um helicóptero. Na primeira parte do trabalho, Justa expõe as duas tendências em que se dividiam os pesquisadores aeronáuticos: de um lado, os adeptos dos aparelhos mais leves do que o ar, os balões e dirigíveis, e, de outro, aqueles para quem o futuro da aeronáutica encontrava-se no desenvolvimento dos aparelhos mais pesados do que o ar.
A idéia do helicóptero remonta ao século XV e foi formulada por Leonardo da Vinci. Posteriormente, diversos inventores tentaram desenvolvê-la, sem sucesso. Em 1845, Cossus projetou um aparelho movido a vapor que, no entanto, não conseguiu elevar-se do solo em função do peso excessivo do propulsor. Em 1878, Castel projetou e construiu outro aparelho que, durante a primeira experiência, chocou-se com um muro, sem conseguir voar ou manter-se no ar. No mesmo ano, Forlani projetou um aparelho que elevou-se a 13 metros de altura, sem, no entanto, lograr voar.
Na opinião de Justa, o helicóptero vinha sendo abandonado pelos pesquisadores aeronáuticos, não obstante constituir-se numa máquina de concepção superior a todas as outras : "Como conceber uma máquina aérea à perfeição? Devendo partir simplesmente de seu pouso sem necessidade de carreira horizontal iniciante sobre o solo, desprezando estações inconvenientes e elevando-se no ar calmamente em moderado movimento ascensional, como se fosse um balão, depois orientando-se e tomando a direção destinada, finalmente podendo voltar e pousar com a mesma facilidade com que partiu.
O helicóptero de Justa seria um aparelho composto de um conjunto tubular leve, de aço e alumínio, formando uma estrutura retangular. O aparelho seria movido por um grupo propulsor de dois motores à explosão, alimentados por álcool ou derivados de petróleo. Os motores acionariam, as quatro turbinas por ar comprimido que, por sua vez, transmitiram força para quatro hélices dispostas nas extremidades da aeronave, juntamente com as turbinas. O ar comprimido chegaria às turbinas através da própria tubulação que comporia a estrutura do aparelho que, por sua vez, seria isolada termicamente com tecido de lã para evitar que o ar quente em seu interior se resfriasse em contato com a atmosfera.
Os comandos estariam concentrados numa cabine, solidária com a estrutura e disposta no centro da aeronave. Seriam acionados por eletricidade ou pelo próprio ar comprimido que movimentaria as turbinas. Um pequeno dínamo movido pelos motores a explosão garantiria luz interna e energia para o farol externo, que seria empregado em operações noturnas. O Aeroscapho seria capaz de pousar e decolar na vertical e voar na horizontal. Suas hélices seriam dotados de passo variável, de forma a oferecer propulsão horizontal a aeronave. O grupo propulsor totaliza 366 cavalos, suficientes, segundo os cálculos de Justa, para elevar os 432 quilos do aparelho vazio, além do piloto e combustível. A força ascensional total seria da ordem de 840 quilos.
A concepção do “Aeroscapho” apresentava uma série de idéias originais, todas elas empregadas, posteriormente, na construção de helicópteros e aviões, tais como: a concepção de um sistema motor composto e motores e turbinas, a idéia da aplicação de álcool à navegação aérea, um combustível nacional, a hélice de passo variável, a concepção de uma cabine fechada, a aplicação de materiais metálicos, a idéia de vôo noturno. O projeto revelava bases técnicas consistentes. Era mais do que a vontade subjetiva de um inventor.
Henrique da Justa ressalvava que os cálculos apresentados apenas visavam demonstrar a viabilidade da idéia e que a construção efetiva do aparelho dependia de estudos complementares, que , por sua vez, dependiam de recursos de que ele não dispunha. A publicação do folheto era parte de um esforço para obtê-los: “Intento propugnar por uma causa de progresso que, atualmente, preocupa a atenção da ciência, da civilização, dos governos e países modernos. Tenho convicção de que não trato de uma quimera”. Afastando de si a sombra de extravagância que se projetava sobre os inventores brasileiros do século XIX, Justa pedia a atenção do governo, ao mesmo tempo em que vaticinava: “A indiferença da França sobre as descobertas do vapor fez perder uma esplêndida página na história humana”.
O inventor encaminhou seu pedido ao Ministério da Guerra. Mas os militares não se sensibilizaram com o projeto. Sem recursos, construiu apenas um modelo em escala do aparelho. Em 1909, tomado por uma crise depressiva, Antônio Henrique da Justa suicidou-se aos 35 anos de idade.
Antônio da Justa era médico renomado e caridoso, formado na Europa, não cobrava nenhuma de suas consultas, cuidava especialmente dos leprosos, ao falecer deixou todos os seus bens para o leprosário Antonio Justa em Maracanaú - cidade da área metropolitana de fortaleza, próxima a Pacatuba, por isso levou nome de avenida, uma das mais importantes de fortaleza.
Antônio Henrique da Justa nasceu em Pacatuba, Ceará, em 1874. Em 1894, tornou-se escriturário da Secretaria da Fazenda do Ceará. Durante cinco longos anos, reuniu recursos para custear a publicação de um folheto denominado "Navegação aérea", em que apresenta o projeto de um helicóptero. Na primeira parte do trabalho, Justa expõe as duas tendências em que se dividiam os pesquisadores aeronáuticos: de um lado, os adeptos dos aparelhos mais leves do que o ar, os balões e dirigíveis, e, de outro, aqueles para quem o futuro da aeronáutica encontrava-se no desenvolvimento dos aparelhos mais pesados do que o ar.
A idéia do helicóptero remonta ao século XV e foi formulada por Leonardo da Vinci. Posteriormente, diversos inventores tentaram desenvolvê-la, sem sucesso. Em 1845, Cossus projetou um aparelho movido a vapor que, no entanto, não conseguiu elevar-se do solo em função do peso excessivo do propulsor. Em 1878, Castel projetou e construiu outro aparelho que, durante a primeira experiência, chocou-se com um muro, sem conseguir voar ou manter-se no ar. No mesmo ano, Forlani projetou um aparelho que elevou-se a 13 metros de altura, sem, no entanto, lograr voar.
Na opinião de Justa, o helicóptero vinha sendo abandonado pelos pesquisadores aeronáuticos, não obstante constituir-se numa máquina de concepção superior a todas as outras : "Como conceber uma máquina aérea à perfeição? Devendo partir simplesmente de seu pouso sem necessidade de carreira horizontal iniciante sobre o solo, desprezando estações inconvenientes e elevando-se no ar calmamente em moderado movimento ascensional, como se fosse um balão, depois orientando-se e tomando a direção destinada, finalmente podendo voltar e pousar com a mesma facilidade com que partiu.
O helicóptero de Justa seria um aparelho composto de um conjunto tubular leve, de aço e alumínio, formando uma estrutura retangular. O aparelho seria movido por um grupo propulsor de dois motores à explosão, alimentados por álcool ou derivados de petróleo. Os motores acionariam, as quatro turbinas por ar comprimido que, por sua vez, transmitiram força para quatro hélices dispostas nas extremidades da aeronave, juntamente com as turbinas. O ar comprimido chegaria às turbinas através da própria tubulação que comporia a estrutura do aparelho que, por sua vez, seria isolada termicamente com tecido de lã para evitar que o ar quente em seu interior se resfriasse em contato com a atmosfera.
Os comandos estariam concentrados numa cabine, solidária com a estrutura e disposta no centro da aeronave. Seriam acionados por eletricidade ou pelo próprio ar comprimido que movimentaria as turbinas. Um pequeno dínamo movido pelos motores a explosão garantiria luz interna e energia para o farol externo, que seria empregado em operações noturnas. O Aeroscapho seria capaz de pousar e decolar na vertical e voar na horizontal. Suas hélices seriam dotados de passo variável, de forma a oferecer propulsão horizontal a aeronave. O grupo propulsor totaliza 366 cavalos, suficientes, segundo os cálculos de Justa, para elevar os 432 quilos do aparelho vazio, além do piloto e combustível. A força ascensional total seria da ordem de 840 quilos.
A concepção do “Aeroscapho” apresentava uma série de idéias originais, todas elas empregadas, posteriormente, na construção de helicópteros e aviões, tais como: a concepção de um sistema motor composto e motores e turbinas, a idéia da aplicação de álcool à navegação aérea, um combustível nacional, a hélice de passo variável, a concepção de uma cabine fechada, a aplicação de materiais metálicos, a idéia de vôo noturno. O projeto revelava bases técnicas consistentes. Era mais do que a vontade subjetiva de um inventor.
Henrique da Justa ressalvava que os cálculos apresentados apenas visavam demonstrar a viabilidade da idéia e que a construção efetiva do aparelho dependia de estudos complementares, que , por sua vez, dependiam de recursos de que ele não dispunha. A publicação do folheto era parte de um esforço para obtê-los: “Intento propugnar por uma causa de progresso que, atualmente, preocupa a atenção da ciência, da civilização, dos governos e países modernos. Tenho convicção de que não trato de uma quimera”. Afastando de si a sombra de extravagância que se projetava sobre os inventores brasileiros do século XIX, Justa pedia a atenção do governo, ao mesmo tempo em que vaticinava: “A indiferença da França sobre as descobertas do vapor fez perder uma esplêndida página na história humana”.
O inventor encaminhou seu pedido ao Ministério da Guerra. Mas os militares não se sensibilizaram com o projeto. Sem recursos, construiu apenas um modelo em escala do aparelho. Em 1909, tomado por uma crise depressiva, Antônio Henrique da Justa suicidou-se aos 35 anos de idade.
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