JUSTO continuou escrevendo suas crônicas em tom lírico assinadas por Justulo, “Malvivulo” e “O!, pior sem ele!”, ambas publicadas no Correio do Acre, tratando do mesmo assunto: um líder execrado covardemente de seu meio, traído por pessoas com as quais ele havia partilhado um ideal. Veja os textos abaixo:
Texto 1 - JUSTULO. Malvivulo. Correio do Acre. Xapuri-AC, 1910.
Decorriam-se os dias, Alegre e satisfeito, nobilitando no empenho da terra que denodadamente libertara, hipotecando toda sua alma grandiosa cheia de invencível ardor pátrio, ele vivia. Por subitâneo e brusco golpe é atirado a mundos ignotos, longe, bem longe da terra estremecida, da família e daquela que (...) os colhera ainda para partilhar a gloria de seu nome.
Passaram-se tempos. O degredo prolongava-se.
O espírito anuviado da perturbação constantemente tão violenta transição, aclarou-se pouco a pouco, e então ele sentiu–se estranho no meio daquele povo que libertara. Examinou-se, examinou a todos e sentiu-se novamente estranho! Notou que alguém guardava ainda lembrança a seu nome, e no meio de todos, alguns passaram perturbados procurando esconder as mãos!
Contemplou-os!
Chamou-os, chamou-os novamente, parecia não lhe ouvirem, não lhe entenderam. Então, não podendo conceder aquele indiferentismo de seus irmãos, filhos da mesma terra que adotaram a cujo lado tantas vezes lutara impacientado, voltou-se para a própria terra, para a terra mãe e interpelou-a. Ó Pátria adotiva, por que te calas tu assim? Porque consente neste misterioso enredo que me cerca? Por que não me restituis ao seio de meus irmãos, de minha família, não me fazes voltar a tua vanguarda? Quero trabalhar em teu proveito!
A terra, como que impulsionada por tão acerba evocação (...) rugindo numa imprecação — Pérfido! Prodictores! — E então para ele:
— Criatura abnegada, atira a mim o delito que te interceptou viver no seio de teus irmãos, destes que tu (...) sem ver o teu sangue que ainda goteja, deixando transparecer escarlates as mãos nocentes? Não sentes que foste banido do seio da terra que libertaste no enleio de horrível trama, o que toda a natureza desta majestosa terra que tu censura, revolta-se clamando vingança?
E calou como que abatida, como que se despojada tivesse de enorme povo.
Ele parece que meditava.
Depois em nos pungentes as palavras refletidamente pronunciadas parecendo submeter– se a um exame próprio: - sim, agora se me vão clareando mais as coisas. Não podia crer, mas, irmãos já não mataram outros irmãos, levados pela traição. Judas, já não existiram tantos?
Oh! É abominável, é horrível a traição.
E voltou-se num adeus eterno, evolando-se aos poucos num misto da luz e sombras para não mais voltar.
Eu la dekuna tagoja de monato de Augusto de mil – naucent – nau.
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