quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Xapuri e a Revolução Acreana
Xapuri foi criada em 23 de outubro de 1912. O município é considerado o berço da Revolução Acreana e também o primeiro foco de resistência pacífica em defesa da floresta e do meio ambiente, cujo líder Chico Mendes, ganhou reconhecimento mundial e é seu maior símbolo. Durante o auge da produção de castanha viveu o seu esplendor. Foi sede das melhores casas de comércio, que abasteciam os seringais da região com toda sorte de mercadorias. Foi também sede dos melhores colégios do Estado, que posteriormente gerou "homens ilustres" em âmbito mundial. Sua sede conta com monumentos históricos, que remontam à época da Revolução Acreana, movimento de resistência pela incorporação do território acreano à nação brasileira, que teve seu início neste município. Segundo meu pai WARTZEN, o meu avô TUPY, após baixa do exército, fazia esse comércio de mercadorias entre o Amazonas e o Acre. A população urbana de Xapuri era formada também de aventureiros, homens de negócios, seringalistas e regatões, todos atraídos pela excentricidade da selva ou pelas riquezas que poderiam adquirir explorando-a. Mesmo que para isso milhares de vidas fossem dizimadas pelas doenças ou pelas feras. Sendo que as principais vítimas eram os nordestinos-seringueiros, morando nas brenhas em casebres de pau a pique, alheios às novidades que aconteciam às margens dos rios. Neste contexto, destaca-se a figura do herói da Revolução Acreana, amigo de meu avô Justo Gonçalves da Justa, Plácido de Castro, que segundo a visão oferecida pela maioria dos jornais da época, não é o caudilho, o aventureiro, tampouco o dissidente do exército gaúcho, conforme disseram alguns. De modo geral, ele representa a imagem do: ... grande compatriota acreano ... tragicamente emboscado por uma quadrilha de bandidos... o mais distinto acreano, o mais insulto guerreiro... de caráter altivo e nobre... não morreu incontinente, sobreviveu três dias que valeram por séculos de agonias, por acerbas dores morais e físicas que pouco a pouco iam exterminando a sua vida (Filho, Antonio Alves. Plácido de Castro. Commercio do Acre, 15 de agosto de 1915).
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