quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Quem foi JUSTO GONÇALVES DA JUSTA

Oficiais da Revolução Acreana

As informações que tenho até momento sobre meu bisavô fazem parte de minhas próprias pesquisas pela internet e também da enorme colaboração da amiga Maria Alzenir. Essas informações estão inclusas na sua dissertação de mestrado em Letras, Linguagem e Identidade pela Universidade Federal do Acre, linha de pesquisa Literatura e memória cultural, sob o título: Marcas da memória cultural nas crônicas jornalísticas de Xapuri. Trata-se, portanto, de um estudo sobre os jornais de Xapuri, no qual Maria Alzenir faz uma análise sobre os escritos de Justo Gonçalves da Justa e outros. Justo Gonçalves da Justa foi militar oficial franco atirador da Revolução Acreana. Assim como meu bisavô JUSTO, meu avô TUPY também foi militar, porém com menor destaque que JUSTO. JUSTO cupou o cargo de tabelião interino do 2° Termo da Comarca do Alto Acre, sediada em Xapuri. Ele também foi o primeiro redator do jornal “O Acre”, publicado em Xapuri de ano de 1907 a 1913. Esse periódico, que se apresentava como “Orgão dos interesses acreanos”, foi o primeiro a circular no Vale do Acre depois da Revolução, era impresso na gráfica da Loja Maçônica Igualdade Acreana, fundada em Xapuri em 1906, e que esteve atrelada à Maçonaria do Amazonas até o ano de 1933. Acredito que Justo Gonçalves da Justa seja um dos muitos “Gonçalves da Justa” que descendem de Pacatuba, Ceará. Portanto, o motivo da vinda de Justo Gonçalves da Justa do Nordeste para Xapuri, no Acre, talvez tenha sido a serviço militar pelo Governo Federal. Entretanto, ainda não tenho respostas para essa questão. Vale lembrar que existem muitos da família JUSTA que moram hoje no Acre, contudo, pergunta-se: são eles também descendentes de meu bisavô JUSTO?; ou talvez sejam filhos de outro Gonçalves da Justa que veio do nordeste?; ou ainda descendentes de algum irmão do meu avô TUPY que era do Acre?. Bom, questões ainda sem respostas.

5 comentários:

Luiz de Airá disse...

Interessante o que vc escreve sobre Justo Gonçalves da justa, seu bisavô. Acredito que, como vc mesmo diz, ele deve ter vindo realmente de Pacatuba Ce. O nome do meu avô já falecido é Henrique Gonçalves da Justa, prefeito daquela cidade por inúmeras vezes. Casado com Aurelieta Padilha da Justa. O clã da nossa familia em Fortaleza Ce. ficou depois sob o comando do meu primo Vladir da Justa, pai de 5 filhos (se não me falha a memória)sendo 4 mulheres e 1 homem, esse de nome Sérgio Henrique. O interessante nisso também é que pelo que parece todos nós da família JUSTA, carregamos o HENRIQUE em seu segundo nome, me parecendo ser uma homenagem a nossa grande familia, relembrando nossos bisavós e avós.

Unknown disse...

MEU AVÔ DA PARAIBA JOSE RAMOS DA JUSTA CASADO COM SEVERINA XAVIER DA JUSTA ,MEU PAI MAURICIO XAVIER DA JUSTA

Unknown disse...

SOU NETO DE JOSÉ DA JUSTA, NOSSO AVÔ NO CASO.MEU NOME É JOSÉ RAMOS XAVIER DA JUSTA FILHO,SOU DE PERNAMBUCO DA CIDADE DE PALMARES

nazarenoo.lima@gmail.com disse...

Eu fiz a biografia do Tenente-Coronel Justo Gonçalves da Justa por três grandes motivos.
Primeiro porque foi o único intelectual que lutou na Revolução Acreana de 1902/1903.
Segundo porque foi ele quem incentivou e pediu ao grande poeta Mangabeira para fazer o Hino Acreano, quando Ambos trabalhavam juntos no hospital de campanha tratando dos feridos e aniquilados da Guerra do Acre em Capatará no dia 5 de outubro de 1903.
Em terceiro, por contas do Grande tiroteio que aconteceu em Xapury em 1912 incentivado por Tristão Norberto no qual o Tenente Justa saiu ferido gravemente e por contas disso adquiriu uma deficiência renal o que lhe levou a morte em Porto Velho em 1920. Justa foi um dos Libertadores do Acre que foi mais esquecido pela história até hoje.

nazarenoo.lima@gmail.com disse...

O Tenente Justa veio para o Acre trazido pela Família Mavignier, uma família de intelectuais do Ceará. Junto com Justa veio também Francisco de Oliveira Conde e um irmão seu, ambos dirigidas por Gastão Mavignier que trabalhou como guarda-livros no seringal Porvir. Eram todos jovens... os irmãos Conde, o Tenente Justa e os três irmãos Mavignier.
Quando surgiu a Guerra do Acre, todos estes serviram na retaguarda da Guerra comandados pelo Coronel José Galdino, o único que realmente lutou com Plácido de Castro foi o Tenente Justa, foi escolhido para ajudar ao Coronel Allencar com um pelotão de 180 homens.
Plácido escolheu Justa para lutar com Allencar por ser este Coronel muito amigo dos bolivianos e Justa era muito sabido, inteligente e articulador, então Plácido o orientou a convencer Allencar a lutar contra os bolivianos. Então Plácido não confiava em Allencar e sim em Justa.
Isso aconteceu no segundo combate da Volta da Empresa em 0utubro de 1902 de 11 dias de fogo.